Certa vez, uma pessoa me chamou de sonhadora. Disse que eu não saia do lugar, que eu poderia já estar bem longe com tantos planos que já fiz, mas não corria atrás dos meus sonhos, não me apressava, não brigava pelo meu espaço, e eu olhei bem nos olhos dessa pessoa e disse: Obrigada por confirmar isso em mim, por me fazer olhar com mais delicadeza pra minha alma e entender que nela há paciência e sonhos, e que a espera, ainda que doída ás vezes, faz parte das minhas enormes experiências com Deus.
Quem está de plateia nem sempre percebe os nossos esforços e dedicação para alcançarmos certas vitórias. Quem está por fora, só assistindo os nossos passos, não consegue ver os nossos dias tempestuosos, nem os desafios que a vida nos propõe cada vez que damos um passo em direção ao almejado do nosso coração. Eu aprendi a respeitar o tempo de Deus, e a não ultrapassar a vontade dEle em minha vida.
Aprendi também, a sonhar com os pés no chão, e a não permitir com que a pressa me roube as oportunidades de crescimento. Aprendi tanta coisa nessa estrada em busca de realizações, que hoje eu tenho absoluta certeza de que o sol nasce para todos, sim. Que não precisamos brigar por espaços, notoriedade, ou gente gritando mais um. A gente tem que batalhar é pra ser feliz. A gente tem que viver acreditando, e exercendo a fé todos os dias sem dar crédito ao mal que chega devagar.
A gente tem que ser humilde, e abrigarmos em nós a gratidão, e o domínio próprio. A gente tem que ser humano, e saber que há espaço para todos, que cada um pode e deve dar sempre o seu melhor sem diminuir, ou prejudicar ninguém. Eu aposto muito nisso, e vou levando a minha vida devagar, e sem pressa. Eu sei que pra tudo há um propósito, e naquilo que Deus tem preparado pra mim, ninguém põe a mão.
Cecilia Sfalsin